Aneurisma de artéria esplênica: saiba o que é e como tratar.

Aneurisma esplenico

Aneurisma de artéria esplênica, o que você precisa saber?

O aneurisma de artéria esplênica é uma condição potencialmente grave que afeta a artéria esplênica, que fornece sangue para o baço. Embora seja relativamente rara, essa condição pode ter consequências sérias se não for diagnosticada e tratada adequadamente

 

O que é um aneurisma de artéria esplênica?

Um aneurisma de artéria esplênica ocorre quando há uma dilatação anormal da artéria esplênica, que é o vaso sanguíneo responsável por levar sangue ao baço. Essa dilatação geralmente é definida como um aumento de mais de 50% do diâmetro normal da artéria.

Existem dois tipos principais de aneurismas de artéria esplênica:

Aneurismas verdadeiros: Envolvem todas as camadas da parede arterial.

Pseudoaneurismas: Ocorrem quando há uma ruptura focal da parede arterial

 

Prevalência e fatores de risco

O aneurisma de artéria esplênica é o terceiro tipo mais comum de aneurisma abdominal, após os aneurismas da aorta e da artéria ilíaca e é o aneurisma visceral mais frequente.

Alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver essa condição incluem, entre outros:

  • Sexo feminino (4 vezes mais comum em mulheres)
  • Gravidez
  • Hipertensão portal
  • Cirrose hepática
  • Aterosclerose
  • Trauma abdominal
  • Pancreatite

Sintomas

A maioria dos aneurismas de artéria esplênica é assintomática e descoberta incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos.

Quando presentes, os sintomas podem incluir:

  • Dor abdominal no quadrante superior esquerdo
  • Náuseas e vômitos
  • Dor no ombro esquerdo (sinal de Kehr)

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é feito através de exames de imagem como:

  • Ultrassonografia abdominal
  • Tomografia computadorizada (TC) com contraste
  • Angiografia por ressonância magnética (ARM)
  • Angiografia convencional

Complicações e riscos

A complicação mais temida do aneurisma de artéria esplênica é a ruptura, que pode levar a uma hemorragia interna potencialmente fatal. O risco de ruptura aumenta quanto maior for o diâmetro do aneurisma.

Em gestantes, a ruptura de um aneurisma de artéria esplênica é particularmente perigosa, com taxas elevadas de mortalidade materna e fetal.

 

Tratamento

A decisão de tratar um aneurisma de artéria esplênica depende de vários fatores, incluindo:

  • Tamanho do aneurisma
  • Localização
  • Presença de sintomas
  • Risco de ruptura
  • Estado geral de saúde do paciente (incluindo idade, sexo, desejo reprodutivo)

As principais opções de tratamento incluem:

  • Observação: Para aneurismas pequenos e assintomáticos, pode-se optar por acompanhamento regular com exames de imagem.
  • Tratamento endovascular: É considerado o padrão-ouro atual para a maioria dos casos. Envolve técnicas minimamente invasivas como embolização com molas, implante de stents recobertos e injeção de agentes líquidos.
  • Cirurgia aberta: Menos realizada atualmente, ficando reservada para casos não adequados ao tratamento endovascular.

Prevenção e acompanhamento

Não há medidas específicas para prevenir o desenvolvimento de aneurismas de artéria esplênica. No entanto, controlar fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, diabetes, tabagismo e dislipidemia pode ser benéfico. Para pacientes diagnosticados com aneurismas pequenos que não requerem intervenção imediata, recomenda-se: companhamento regular com exames de imagem (geralmente a cada 6-12 meses).

 

Conclusão

O aneurisma de artéria esplênica é uma condição potencialmente grave que requer atenção médica especializada. Embora muitos casos sejam assintomáticos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações potencialmente fatais. Com o avanço das técnicas endovasculares, o tratamento de pacientes com essa condição tem progredido significativamente nos últimos anos. Se você suspeita ter um aneurisma de artéria esplênica ou possui fatores de risco para essa condição, consulte um médico especialista para avaliação e orientação adequada.

 

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Para saber mais sobre outros aneurismas viscerais, segue artigo do nosso grupo: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23932802/

 

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